segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Póstuma

Não sou uma pessoa aficcionada pela idéia da morte, nem uma romântica, no sentido literário da palavra, daqueles que morriam aos 23 anos com tuberculose e faziam Ode à Morte. Apenas estou impressionada.
Nunca tive muito contato com a morte durante minha vida. Sempre pude me poupar desses momentos, mas ultimamente ando refletindo muito sobre essa força que tem me cercado. Na minha opinião, a única força que consegue ser mais forte do que a própria vida.
Em 15 dias, aproximadamente, morreram 6 pessoas próximas a mim de alguma forma. Ainda assim consegui me manter à distância, pois essas mortes não me atingiram diretamente, mas sim a pessoas ligadas a mim. Com isso, pude observar de forma distanciada como esse evento atinge as pessoas, fere, abala suas estruturas, e, ao mesmo tempo, de forma até paradoxal, como o mundo em volta segue normalmente. Falo isso até por mim mesma.
Não tenho nenhuma conclusão, porque na verdade nem sei qual é o meu conflito, precisava apenas derramar algumas palavras para confortar o meu coração. Ou melhor, para aquietar a minha cabeça ainda muito infantil para esse assunto.

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