sexta-feira, 27 de julho de 2007

Plágio dedicado a alguém especial

Sempre tive medo...
principalmente, medo de me entregar...
de correr atrás do que quero de verdade.
Estou diferente...
"A cada dia que vivo,
mais me convenço de que o desperdício está no amor que não damos,
nas forças que não usamos,
na prudência egoísta que nada arrisca
e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.
A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional."
Estou tentando...
e aprendendo.
Pulei de olhos fechados, ainda estou planando...
mas não perdi o medo da queda.

(inserção do texto de
Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Crescer

É estranho pensar que está na hora de crescer...
Olhar pela janela e reparar o sol, reparar o céu, reparar a lua, e perceber que há muito nem mesmo os percebia...
Imaginar que amanha, aqueles que me apoiam, me sustentam, me erguem, me seguram, podem não estar mais aqui, e que eu terei de caminhar com minhas próprias pernas.
Mas, para onde seguir???
Não sei...
Queria tanto ter certeza de alguma coisa, um ponto para onde rumar...
Mas ao mesmo tempo, tenho tanto medo de tudo...
Medo de perceber que todos aqueles que me cercam e que aproveitaram suas criancices junto comigo, já andam como adultos, falam como adultos... e que a minha hora está chegando.
Quero me agarrar no meu ursinho de pelúcia e dormir com um pijama de flanela.
Quero fazer o que gosto, só por brincadeira, sem ter que vender isso a ninguém, sem ter que agradar a ninguém com isso.
Quero ser realmente boa em alguma coisa, sem perder o brilho no olho de fazer com prazer e paixão cada coisa, saboreando cada momento.
Não quero me enrijecer com o concreto das cidades, dos escritórios...
Quero ficar com os cabelos brancos, não por preocupação, mas por longos e saudosos anos bem vividos.
Quero acordar de manhã e sorrir para mim mesma; e conservar esse sorriso por todo o dia.
Quero viver sem medo de me arriscar e de errar, de me jogar, de amar e me declarar, de comer e engordar, enfim, sem medo da vida...
Queria não ter medo de crescer... e perder o que mais gosto em mim, minha meninice.

sábado, 21 de julho de 2007

Surtos de Inverno

Vagas idéias, ou idéias vagas, sobre esta última semana.
Festival de Inverno em Diamantina - 2007

Andar por ruas de pedras empoeiradas.
Subir morro... Força no centro. Perínio.
Quero dançar!
Dança...
Dança?
Dancei!
Quando achei que ia me acabar, me poupei...
Tenho medo de me acabar onde penso ser meu porto seguro...
Medos...
Dúvidas...
Trabalhar com ARTE é sempre uma coisa insegura.
Me segura!!!
Saudade!
Tocar o outro com todo o meu corpo é muito pouco!
Quero tocar e ser tocada com a alma.
Abraços...
Há braços ocupando meus espaços vazios...
Parede!
Ocupação!
Essa piração tá meio... vazia... assim...
Ousar!
O que soma não tem fim, não tem começo...
É tudo um grande meio mesmo...

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Flash

"Alguém foi fotografado." - disse séria dentro do carro, com a voz seca e o olhar fixo.
Parecia cena de algum filme: sozinhas no escuro de um automóvel que circula noite a dentro e, repentinamente, um flash.
Não sabiam ao certo a quem ou a que se dirigia aquela luz, e a tensão tomou conta do momento.
Um clima estranho se formou, e ninguém falou mais nada até chegarem em casa.
Algum tempo depois a confimação: multa por excesso de velocidade!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

A última noite

Ela o fita profundamente
Ele deitado. Testa franzida. Gota de suor escorre pela face.
Cada som, um arrepio a eriçar cada poro do seu corpo.
Sensações se misturam: medo, pudor, prazer e gozo.
Boca seca. Silêncio. Suspiro.
É o fim.
Ela continua a olhá-lo. Um sorriso suspeito rasga-lhe a face.
Resta ainda a pulsação.
Distância.
Resta apenas a pulsação.

E tudo mudou...

(para quem tiver paciência de ler,
no meio dessa correria, vale muito a pena!!!
Só não concordo que "do 'não' não se tem medo".
Eu ainda tenho...rs)

O rouge virou blush
O pó-de-arroz virou pó-compacto
O brilho virou gloss
O rímel virou máscara incolor
A Lycra virou stretch
Anabela virou plataforma
O corpete virou porta-seios
Que virou sutiã
Que virou lib
Que virou silicone
A peruca virou aplique, interlace, megahair, alongamento
A escova virou chapinha
"Problemas de moça" viraram TPM
Confeti virou MM
A crise de nervos virou estresse
A chita virou viscose.
A purpurina virou gliter
A brilhantina virou mousse
Os halteres viraram bomba
A ergométrica virou spinning
A tanga virou fio dental
E o fio dental virou anti-séptico bucal
Ninguém mais vê...
Ping-Pong virou Babaloo
O a-la-carte virou self-service
A tristeza, depressão
O espaguete virou Miojo pronto
A paquera virou pegação
A gafieira virou dança de salão
O que era praça virou shopping
A areia virou ringue
A caneta virou teclado
O long play virou CD
A fita de vídeo é DVD
O CD já é MP3
É um filho onde éramos seis
O álbum de fotos agora é mostrado por email
O namoro agora é virtual
A cantada virou torpedo
E do "não" não se tem medo
O break virou street
O samba, pagode
O carnaval de rua virou Sapucaí
O folclore brasileiro, halloween
O piano agora é teclado, também
O forró de sanfona ficou eletrônico
Fortificante não é mais Biotônico
Bicicleta virou Bike
Polícia e ladrão virou counter strike
Folhetins são novelas de TV
Fauna e flora a desaparecer
Lobato virou Paulo Coelho
Caetano virou um chato
Chico sumiu da FM e TV
Baby se converteu
RPM desapareceu
Elis ressuscitou em Maria Rita?
Gal virou fênix
Raul e Renato,
Cássia e Cazuza,
Lennon e Elvis,
Todos anjos
Agora só tocam lira...
A AIDS virou gripe
A bala antes encontrada agora é perdida
A violência está coisa maldita!
A maconha é calmante
O professor é agora o facilitador
As lições já não importam mais
A guerra superou a paz
E a sociedade ficou incapaz.......
De tudo.
Inclusive de notar essas diferenças.

Luiz Fernando Verísimo

Noite

Sentados no alto
fitavam...
A linha do horizonte a frente
quase invisível
escuro...
Cintilam luzes
ao longe
oscilam...
Atrás, uma montanha
grande
imperceptível...
O vento rondava
uivando
frio...
Ao lado, companhia
aquecida
vinho...
Enfim...
Bela noite...
Nada falta...
a lua...
ah! Lua!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Procuro

Procuro em teu olhos
um brilho
Em tua boca
o desejo da minha
Em teu braços
a vontade de ter-me
Em teu coração
um lugar somente meu
Em teu caminho
minha companhia
Em tuas palavras
"eu te amo"
Em tua mente
minha imagem
Em tuas mãos
minhas mãos
Em tuas pegadas
minha trilha
Em teu destino
minha sina
Em tua ausência
minha saudade
Em teu sorriso
minha felicidade
Em teu corpo
meu ser
Em tua vida
minha vida
Em tua alma
minha alma
Em tua paixão
todo meu amor.

(viajem em uma aula chata em 2000)

domingo, 8 de julho de 2007

Aos Meus Heróis
(Juninho Marassi e Gutemberg)

Esta é uma música que quando ouvi, tive que babar ovo...
A letra é muito boa e fala dos também MEUS heróis...

Faz muito tempo que eu não escrevo nada,
Acho que foi porque a TV ficou ligada
Me esqueci que devo achar uma saída
E usar palavras pra mudar a sua vida.

Quero fazer uma canção mais delicada,
Sem criticar, sem agredir, sem dar pancada
,Mas não consigo concordar com esse sistema
E quero abrir sua cabeça pro meu tema

Que fique claro, a juventude não tem culpa.
É o eletronic fundindo a sua cuca.
Eu também gosto de dançar o pancadão,
Mas é saudável te dar outra opção.

Os meus heróis estão calados nessa hora,
Pois já fizeram e escreveram a sua história.
Devagarinho vou achando meu espaço
E não me esqueço das riquezas do passado.

Eu quero “a benção” de Vinícius de Morais,
O Belchior cantando “como nossos pais”,
E “se eu quiser falar com...” Gil sobre o Flamengo,
“O que será” que o nosso Chico tá escrevendo.

Aquelas “rosas” já “não falam” de Cartola
E do Cazuza “te pegando na escola”.
To com saudades de Jobim com seu piano,
Do Fábio Jr. Com seus “20 e poucos anos”.

Se o Renato teve seu “tempo perdido”,
O Rei Roberto “outra vez” o mais querido.
A “agonia” do Oswaldo Montenegro
Ao ver que a porta já não tem mais nem segredos

.Ter tido a “sorte” de escutar o Taiguara
E “Madalena” de Ivan Lins, beleza rara.
Ver a “morena tropicana” do Alceu,
Marisa Monte me dizendo ”beija eu”Beija eu,
Beija eu Deixa que eu seja eu

O Zé Rodrix em sua “casa no campo”
Levou Geraldo pra cantar no “dia branco”.
No “chão de giz” do Zé Ramalho eu escrevi
Eu vi Lulu, Benjor, Tim Maia e Rita Lee.

Pedir ao Beto um novo “sol de primavera”,
Ver o Toquinho retocando a “aquarela”,
Ouvir o Milton “lá no clube da esquina”
Cantando ao lado da rainha Elis Regina.

Quero “sem lenço e documento” o Caetano
O Djavan mostrando a cor do “oceano”.
Vou “caminhando e cantando” com o Vandré
E a outra vida, Gonzaguinha, “o que é?”

Atenção DJ faça a sua parte,
Não copie os outros, seja mais “smart”.
Na rádio ou na pista mude a seqüência,
Mexa com as pessoas e com a consciência.

Se você não toca letra inteligente
Fica dominada, limitada a mente.
Faça refletir DJ, não se esqueça,
Mexa o popozão, mas também a cabeça.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Dramaticamente solteira

(letra da música que um amigo fez e eu tenho certeza, mesmo sem nem perguntar para ele, que foi inspirada em mim. Modéstia...)

Não caia na tolice de tentar desvendar os meus segredos
são mais loucos que os seus
Aérea, sem rumo pra que lugar, perdida luar
sou boa, sou pétala-carinhos
ou má, sou toda espinho
depende do ar

Meu coração de fogo sensual
Meu coração de ouro tropical

Lual ao fim de noite
nua ao amanhecer
soltei dramaticamente um você
A gente tá longe, muito longe de acontecer
desculpe só divertir-me com você

Lucas Cantor

quinta-feira, 5 de julho de 2007

espelho

nunca gostei muito de me olhar no espelho...
ao olhar meus olhos queriam fugir do que viam
a sensação que vinha era a de ser
como a feia na janela
"achando que a banda tocava pra ela"...
ou como a bailarina gorda
"Como toda bailarina ela sonhava com mil saltos mortais
Os dedos do destino a desenharam gorda demais
Cada volta ou pirueta era um desastre, eram risadas gerais
E os olhos do menino que ela amava a amavam magra de mais
Cada bola de sorvete é tanta culpa, era remorso demais
E o mais lindo vestido tá guardado: gorda demais
Cada abraço, um arrepio, ai, por um fio ele me apalpa por trás
E sente a carne mole, frouxa, coxa, gorda demais
Como toda bailarina ela sonhava com mil saltos mortais "
sempre me identifiquei com essas personagens de músicas
hoje, me olho tranquilamente
não mudei muito por fora
nem deixei de me sentir a bailarina gorda
apenas vi que a bailarina gorda
pode ser linda...
mesmo gorda!
e pode continuar sonhando com mil saltos mortais...

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Todo Amor Que Houver Nessa Vida

Barão Vermelho
Composição: Cazuza / Frejat


Eu quero a sorte de um amor tranqüilo
Com sabor de fruta mordida
Nós, na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum venenoanti-monotonia...

E se eu achar a tua fonte escondida
Te alcanço em cheio
O mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão e a tua mente, não

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria...

Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia
E algum veneno anti-monotonia...
quero te incluir em meus planos, em meus programas
quero te levar comigo a qualquer lugar
quero me divertir ao seu lado e te fazer sorrir ao meu
quero aproveitar você
quero querer você HOJE!
amanha...? não sei.
lendo me pergunto "porque se escreve?"
vi coisas escritas, com destino certo
mas que nunca chegaram ao seu destinatário...
porque então se escreve?
vi frases que gostaria de ter escutado
mas que não eram para mim
escrevi coisas que deveria ter falado
mas sempre me faltou coragem
por isso escrevi

as palavras passam rapidamente pela minha mente
eu tento agarrá-las
mas são mais rápidas do que eu
as que ficam, coloco no papel,
para que não me fujam também
me deixando só o vazio...
o papel...
branco...

segunda-feira, 2 de julho de 2007

dolly de luxe

menina mah
menina maluca
menina moleca
as vezes sinto que queria ser uma boneca...
daquelas que você tem para a vida toda,
dá carinho e cuida para que nenhum mal aconteça...
daquelas que toda vez que você pega,
tem a senação de voltar a ser criança...

Dadivosa

Que bom se eu fosse uma diva
Daquelas bem dadivosas
Que sai vida entra vida
Ficasse ali verso e prosa

Meu olhar beirando estrelas
A provocar sinfonias
Por todas as galerias
Imagens da minha história

"Me atirava do alto na certeza de que alguém segurava minhas mãos, não me deixando cair. Era lindo mas eu morria de medo. Tinha medo de tudo quase:Cinema, Parque de Diversão, de Circo, Ciganos.."

E no instante preciso
Entre o mito e o míssil
Um rito um início
De passagem pro infinito

"Aquela gente encantada que chegava e seguia. Era disso que eu tinha medo. Do que não ficava pra sempre."


Ana Carolina, Adriana Calcanhoto e Neusa Pinheio

domingo, 1 de julho de 2007

carinhos, beijos, corpo, mente e sentimento...

tenho escrito coisas para ver se consigo expressar isso que esta intalado aqui dentro, dificultando meu pensar, meu respirar, contolando meu agir e sufocando e confundindo o meu sentir.
gosto do que você faz, e como faz
gosto do que escreve, e até tentei escrever também, por sua causa
mas percebi que o que eu queria mesmo era que você lesse o que eu escrevi pra você, e ser a musa daquilo que você escreve pra ela, mesmo não nomeando-a...
queria penetrar nessa sua carapaça, ultrapassar a barreira da imagem... dos beijos... do corpo...
queria que seus carinhos fossem só meus, fossem de verdade, com tudo que você tem a me oferecer...
tudo o que tenho a te oferecer, já ofereci...
mas estou esperando para ver se você vai aceitar...
inteira o parcialmente...???
ah, na verdade, nem sei mais...
vou tentar dormir...
e ver se, pelo menos nos meus sonhos eu te tenho por completo
carinhos, beijos, corpo, mente e sentimento...