segunda-feira, 24 de novembro de 2008

do alto

Passeando com meu galã, (para quem não o conhece, galã é o meu fusquinha bege) no final daquela tarde amarelada de primavera, eu o vi.
Ele estava lá, parado, só olhando o movimento do trânsito e das pessoas que transitavam mais mecânicas que os automóveis.
Indiferente a tudo e a todos, olhava de cima, e até arriscava cantarolar umas notas musicais, sem se importar com o caos estabelecido ante seus olhos.
Da mesma forma que parecia não se importar com as pessoas, quase ninguém o percebeu ali, apenas eu, que me peguei invejado-o.
Eu, que estava correndo contra o relógio e contra o próprio Tempo, o mirava...
E ele ali, naquela calma, naquela paz...

Ah, passarinho, como eu queria ter suas asas e estar aí no seu lugar!
Aí, no alto do fio elétrico, podendo ver a cidade de cima sem necessidade de ser parte dela...

4 comentários:

André disse...

Um dos teus melhores Mah. Acho que ficar sem escrever um tempo as vezes te faz bem. Faz refletir o que há de melhor nos teus textos, além da criatividade. A sinceridade de teus sentimentos.
lindo! :0

ae, vlw pelos comentários! bjao!

Thaís disse...

Eu tenho um fusquinha verde. Báh!

E voar...
Ah, voar...

Clara Mazini disse...

Eles passarão, eu passarinho.

Como diria o Quintana.

Júlia Borges disse...

... e quando se junta a ela é pra buscar algo e voltar ao topo...
os sonhos são como pássaros...