terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Eu... atriz...

Sempre quis ser atriz. Desde criança.
Nunca pensei em fama, dinheiro ou televisão. Queria ser atriz para poder dizer algo que encantasse, alegrasse, deslumbrasse... Algo que fizesse alguém refletir, ou simplesmente sorrir, ali, na minha frente.
O palco nunca foi sinal de status, e sim de transgressão.
Transgredir aquilo que já está posto como real e certo.
No palco, aprendi a me conhecer, e, por mais antagônico que pareça, aprendi a não fingir. Atuar, não é fingir, e sim brincar. Representar não é fingir ser quem você não é, e sim,brincar com várias possibilidades de você mesmo.
É apresentar alguém, que, por mais diferente que seja de você, sempre terá um pouquinho seu, a outro alguém. É sempre como um presente.
Quando atuo, estou me doando de presente. Estou expondo, não só a minha figura, mas eu mesma, em qualquer situação, possível ou improvável...
É, me falaram que sou atriz... e eu concordo!
Eu presente pra você.

2 comentários:

Renato Ziggy disse...

Sabe o que mais amei desse texto? Vc não ficou só no "self"... foi subjetiva mas conseguiu passar algo pra nós, coisa que muitas vezes os artistas, sobretudo os do teatro, não fazem, pois se prendem ao próprio self. Amei! Bjos!

André disse...

Isso sim é arte! O resto apenas narcisismo!