Invento
Invento o vento que vejo balançar os cabelos de quem passa
O mesmo vento que ao balançar os meus cabelos valoriza o meu "visual Vanessa" - inventado
Invento vida onde vejo vias paradas e solitárias.
Invento as veias onde correm, em vez de sangue, vinho (branco e tinto)
Invento o verde do gramado, onde deito e rolo...
Ih, inventei...
Não deito nem rolo, mas In Vento.
Invento vozes conhecidas e queridas, me dizendo versos voláteis, seja lá o que isso quer dizer
Invento uma vaidade inexistente, em uma quase velha mulher ainda na infância, que vive só de frente pro espelho, esperando que alguém lhe veja
Invento lembranças, às vezes vagas, de vidas passadas
Invento letras e palavras que se vertem em V's
Invento verbos, por vezes já inventados...
Invento...
Mas o vento, [que voraz!] insiste em varrer minhas inventividades.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
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3 comentários:
Interessante esse texto. Realmente, a forma como enxergamos cada coisa na vida é quase um "reinventar" das coisas. Nossos olhos têm vontade própria, é algo assim. Pirei. Rs. Bjos!
Adorei a aliteracao... Nao deixe de in ventar, menina.
Beijinhos.
"Invento vozes conhecidas e queridas, me dizendo versos voláteis, seja lá o que isso quer dizer" Apenas tudo isso!
Como assim? Cadê os outros posts?
Estou embriagada nesses versos, preciso do resto. Lindo Lindo Lindo!!
Posso copiar num pedaço de papel?
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