É estranho pensar que está na hora de crescer...
Olhar pela janela e reparar o sol, reparar o céu, reparar a lua, e perceber que há muito nem mesmo os percebia...
Imaginar que amanha, aqueles que me apoiam, me sustentam, me erguem, me seguram, podem não estar mais aqui, e que eu terei de caminhar com minhas próprias pernas.
Mas, para onde seguir???
Não sei...
Queria tanto ter certeza de alguma coisa, um ponto para onde rumar...
Mas ao mesmo tempo, tenho tanto medo de tudo...
Medo de perceber que todos aqueles que me cercam e que aproveitaram suas criancices junto comigo, já andam como adultos, falam como adultos... e que a minha hora está chegando.
Quero me agarrar no meu ursinho de pelúcia e dormir com um pijama de flanela.
Quero fazer o que gosto, só por brincadeira, sem ter que vender isso a ninguém, sem ter que agradar a ninguém com isso.
Quero ser realmente boa em alguma coisa, sem perder o brilho no olho de fazer com prazer e paixão cada coisa, saboreando cada momento.
Não quero me enrijecer com o concreto das cidades, dos escritórios...
Quero ficar com os cabelos brancos, não por preocupação, mas por longos e saudosos anos bem vividos.
Quero acordar de manhã e sorrir para mim mesma; e conservar esse sorriso por todo o dia.
Quero viver sem medo de me arriscar e de errar, de me jogar, de amar e me declarar, de comer e engordar, enfim, sem medo da vida...
Queria não ter medo de crescer... e perder o que mais gosto em mim, minha meninice.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
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Um comentário:
Pode tentar fazer música em versos e melodia com esse texto? achei muito interessante.
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